As tendinites, como mais popularmente conhecidas, são condições dolorosas regionais muito frequentes na população geral, responsáveis por dor e limitação de função do aparelho locomotor. Pode acometer pessoas jovens, muitas vezes atletas, e também indivíduos de meia idade. Os principais locais sede das tendinites são os ombros, cotovelos, joelhos e pés.
A doença dos tendões, mais tradicionalmente conhecida por tendinite, foi redefinida na década de 90. O termo mais adequado com base no conhecimento patológico atual é tendinopatia. Ela é definida pela capacidade limitada de recuperação tecidual após insultos intrínsecos (de origem do próprio aparelho locomotor) ou extrínsecos. Com freqüência, um tendão cronicamente agredido, responde inicialmente com processo de inflamação de baixo grau, com poucas células inflamatórias teciduais, na região vascularizada do paratendão, originado a chamada paratendinite. Ao mesmo tempo, ou sequencialmente, o tecido do tendão propriamente dito, passa a sofrer com alterações patológicas de predomínio degenerativo e não inflamatório, denominada tendinose. Em resumo, tendinopatia é o termo genérico mais ajustado ao conhecimento atual, para se referir a tendinose associada ou não a paratendinite. A lesão localizada na inserção do tendão ao osso é chamada de tendinopatia insercional ou entesite.
1) Distúrbios biomecânicos (mais comum): O estresse de tensão aplicado ao tendão ou atritos teciduais contra estruturas rígidas são os mecanismos envolvidos.
As lesões podem aparecer por trauma único (menos freqüente) ou excesso de uso. Condições predisponentes: sarcopenia e desequilíbrios musculares, envelhecimento e sedentarismo, atividades viciosas e repetidas, anatomia local desfavorável, deformidades musculoesqueléticas, instabilidade e hipermobilidade articular.
2) Outras: doenças difusas do conjuntivo ( especial atenção para entesite em espondilite anquilosante e artrite psoriásica), doenças metabólicas (diabetes melito, hipotireoidismo), doenças microcristalinas (gota, doença por deposição de pirofasfato de cálcio e hidroxiapatita), doenças infecciosas, uso de medicamentos (fluoroquinolonas) e predisposição genética.
As infiltrações com corticóide nas proximidades do tendão acometido é procedimento muito frequente dentro da estratégia de tratamento das tendinopatias. Pode ser utilizada como primeira opção de tratamento ou mais rotineiramente, após falha com uso de antiinflamatórios não hormonais. O controle dos fatores predisponentes ao desenvolvimento das tendinopatias, assim como alongamentos e exercícios de carga com contrações excêntricas, são fundamentais para o restabelecimento total do tendão doente.
Estudos de maior poder estatístico, publicados em revistas de alto impacto, como o The Lancet (VEJA AQUI) e a Annals of the Rheumatic Diseases (VEJA AQUI), trazem conclusões importantes. A infiltração com corticóide nas tendinopatias é eficaz apenas no curto prazo. Trazem alívio de dor e melhora de função bastante significativos. Isso pode ser muito importante para aqueles pacientes com dor limitante e também facilita o início de exercícios de reabilitação. Outra conclusão, é que a infiltração com corticóide na tendinopatias é mais eficaz nos casos iniciais, com sintomas de duração de até 12 semanas. Isso parece interessante, já que o bloqueio das substâncias inflamatórias precocemente pode, teoricamente, facilitar a recuperação do tendão para um tecido sadio.
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