A fasceíte plantar é um processo de lesão do tecido fibroso que se situa ao longo da região plantar, com função de absorção de impacto e estabilização do arco medial do pé. O sintoma é de dor no calcanhar e ao longo de toda área plantar, especialmente no apoio do pé ao chão logo pela manhã e piora com a deambulação. A fasceíte plantar é uma condição dolorosa bastante comum, sendo a causa mais frequente de dor no calcanhar. Trata-se de uma lesão degenerativa de estiramento e rotura, com proliferação fibroblástica e pouca inflamação. A lesão cicatricial da fáscia plantar pode sofrer calcificação na sua inserção com a superfície inferior do calcâneo, resultando na formação do esporão de calcâneo, que é consequência e não causa da fasceíte plantar.
A fasceíte palmar (Doença de Dupuytren) é condição de lesão de tecido fibroso situado na região palmar, logo abaixo da pele e tecido gorduroso subcutâneo, que tem função de aderir a pele aos planos profundos e estabilizar as articulações metacarpofalangeanas. Os sinais e sintomas são de aparecimento de nódulos indolores ou com dor discreta na região palmar, seguidos de cordões endurecidos, que podem com a progressão da doença, provocar flexão dos dedos e deformidades irreversíveis das mãos. Trata-se de doença de fibroproliferação. Os nódulos são constituídos de células com características mistas de fibroblastos e células musculares lisas e as cordas são formadas de tecido fibroso e poucas células. Os dedos mais acometidos são o quarto e quinto.
1) Mecânicas (mais comum): sobrecarga biomecânica da fáscia plantar, provocada por obesidade, uso de calçados de solado plano e duro, encurtamento do tendão de Aquiles (comum em mulheres que usam prolongadamente sapatos altos), excesso de atividade de corridas ou caminhadas, e ortostatismo prolongado (ficar em pé por tempos longos). Anormalidades anatômicas do pé, como pés cavos (pé rígido) ou planos (pé chato) são predisponentes.
2) Inflamatórias: a fasceíte plantar pode ser causada por processo verdadeiro de inflamação, fazendo parte dos sintomas de um grupo de doenças reumáticas de nome Espondiloartrites. Nesse contexto, merece grande atenção os quadros bilaterais, de difícil melhora, especialmente em indivíduos mais jovens e acompanhados de tendinite insercional de Aquiles.
1) Predisposição hereditária, alguns pacientes podem ter envolvimento concomitante de outros tecidos fibrosos, como no pênis (doença de Peyronie), região plantar, fáscia poplítea.
2) Diabetes, etilismo e tabagismo, infecção pelo vírus HIV, uso de medicamentos para epilepsia e vibração persistente nas mãos.
As evidências científicas embasam o benefício da infiltração com corticóide para tratamento da fasceíte plantar. Revisões sistemáticas demonstram evidência boa de melhora a curto prazo, sendo que as infiltrações guiadas por ultrassom podem levar a benefícios também duradouros (VER AQUI).
Diretriz americana de 2010 para diagnóstico e tratamento de dor em calcanhar, inclusive, coloca a infiltração com corticóide em primeiro nível de escolha. Em segundo nível, quando houve falha, o procedimento também é indicado (ACESSE AQUI).
A infiltração com corticóide na doença inicial, realizada na fase de nódulos e sem contratura significativa dos dedos, pode ser eficaz. Embora a evidência científica seja de menor qualidade, é a alternativa não cirúrgica melhor avaliada (ACESSE AQUI). A doença de Dupuytren avançada é de tratamento cirúrgico, exigindo-se, quase sempre, procedimentos extensos. Como a enfermidade pode ser pregressiva em 30 a 50% dos casos, torna-se fundamental o tratamento nas fases iniciais.
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