A síndrome patelofemoral é condição bastante frequente na população geral, que provoca dor na frente do joelho e estalidos, principalmente quando a pessoa se agacha, corre, se levanta de cadeiras ou sobe e desce escadas.
O principal motivo para a dor é a sobrecarga mecânica do aparelho extensor, formado pelos músculos da região anterior das coxas (quadríceps), o osso redondo da frente do joelho (patela) e o tendão patelar. Resulta em aumento das forças de compressão entre a patela e o sulco ósseo do joelho por onde ela desliza, chamada de tróclea.
Os fatores que promovem essa sobrecarga são múltiplos e complexos, como alterações próprias da anatomia do joelho, desalinhamentos e fraqueza muscular dos membros inferiores, distúrbios biomecânicos (especialmente o chamado valgo dinâmico por fraqueza músculo glúteo médio e rotadores do quadril), e também atividades físicas excessivas ou mal executadas.
Os distúrbios acabam por resultar em lesões da cartilagem patelar e da tróclea femoral, inicialmente com a chamada “condromalácea patelar” (amolecimento), seguidas de fissuras e erosões profundas.
Embora não haja relação entre os danos cartilaginosos e a dor, eles costumam resultar em inflamação de nível variado do joelho, a chamada sinovite. Pode haver inchaço e derrame articular (“água no joelho”), que é doloroso e piora muito o funcionamento da articulação.
O diagnóstico é feito por avaliação clínica. Exames radiológicos podem ser solicitados. A RNM é exame acurado para avaliar dano da cartilagem.
O tratamento é centrado na reabilitação fisioterápica.
A viscossuplentação, que é a aplicação de ácido hialurônico intra-articular, é útil em alcançar alívio mais rápido de dor quando há inflamação articular, além de retardar evolução de danos da cartilagem. Cirurgias regenerativas condrais podem ser indicadas, além de outras correções osteomusculares.
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