É a principal doença reumática de mecanismo inflamatório em pessoas acima de 50 anos de idade, provocando inflamação articular e de tecidos moles ao redor de ombros e quadris.
A enfermidade é bastante rara antes dos 50 anos, sendo a grande maioria dos casos de ocorrência após os 75 anos de idade. Afeta 2 a 3 vezes mais mulheres que homens. É mais comum na raça caucasiana (brancos).
Não é bem compreendida. Há influência de fatores genéticos (ligação HLA-DR 4). O início costumeiramente abrupto com febre, dor articular e mal estar sugerem a possibilidade de vírus serem gatilhos do início da doença.
Início frequentemente súbito de dor severa em articulações de ombros, pescoço e quadris, com dolorimento palpável em tecidos próximos. Ter mais de 50 anos, haver envolvimento bilateral dos ombros e elevação de provas de inflamação no sangue são obrigatórios. São frequentes a rigidez da articulação durante a manhã ou após repouso e envolvimento do quadril. Não é frequente inflamar pequenas articulações de mãos e punhos, e se isso ocorrer, não provoca dano crônico erosivo. Essa é uma importante diferença com a Artrite Reumatóide. Costumeiramente, acarreta prejuízo enorme das atividades de vida diária e sensação de “estar doente”. Outros sintomas são: fadiga, perda de peso, febrícula, e depressão.
É realizado com base nos sintomas e aumento de provas de atividade inflamatória (VHS, PCR). Exames de imagem podem ser usados, e embora não sejam específicos, podem demonstrar sinovite, bursite ou tenossinovite em ombros ou quadris.
De 10 a 15 % dos pacientes com Polimialgia Reumática podem apresentar Arterite de Células Gigantes (Arterite Temporal). É possível de serem a mesma doença, com gravidades diferentes. A Arterite de Células Gigantes é doença inflamatória da parede de algumas artérias, especialmente daquelas que correm superficialmente na região temporal (lateral da cabeça), artérias oftálmicas (olhos), carótidas (pescoço) e aorta. Pode resultar em dor de cabeça contínua em idosos, dor na mandíbula para mastigar, necrose de parte da língua, cegueira súbita e acidente vascular cerebral (AVC).
A polimialgia reumática responde bem a baixas doses de corticóide. No entanto, o uso deve ser prolongado e a doses lentamente diminuídas. Outros medicamentos podem ser necessários, como o metotrexato. Cuidados comportamentais, de hábito de vida e medicamentos auxiliares podem se necessários, como exercícios de alongamento e fortalecimento muscular, dieta rica em lácteos, suplementação de cálcio, exposição ao sol e medicamentos para osteoporose. Quando associado com Arterite de Células Gigantes, o tratamento é diferente.
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