Trombose venosa profunda é a formação de coágulos (trombos) em veias profundas, mais comumente das panturrilhas.
É mais comum em pessoas com fatores de risco conhecidos, como portadores de hipertensão, diabetes, colesterol alto, fumantes, portadores de varizes, gestantes, indivíduos em período pós operatório e acamados, em usuários de pílulas anticoncepcionais e após traumas.
No entanto, há um tipo de trombofilia autoimune, ou seja, uma enfermidade reumática que produz anticorpos que interagem com células, cascata da coagulação e sistemas de dissolução de coágulos (sistema fibrionolítico), que provoca formação de trombos nos vasos. A Síndrome Antifosfolipídica, ou simplesmente SAF, é responsável por 9,5% de todos os casos de trombose venosa profunda.
A Síndrome Antifosfolipídica deve sempre ser lembrada como causa de trombose venosa profunda em pacientes mais jovens e sem fatores de risco aparentes. Essa enfermidade provoca alta recorrência de episódios.
O tratamento da trombose venosa profunda é feito com o uso de anticoagulantes orais, independente da causa. A opção tradicional é a varfarina.
No entanto, nos últimos anos, surgiram diversos novos anticoagulantes, ditos de ação direta, de uso mais prático, como Rivaroxabana (Xarelto®), Dabigatrana (Pradaxa®), Apixabana (Eliquis®).
A duração do tratamento é variável, em média, 6 meses. A excessão é para os casos causados pela Síndrome Antifosfolipídica, em que o uso do anticoagulante deve ser feito para toda a vida.
A novidade de extrema importância é que se avolumam evidências de que os anticoagulantes de ação direta, diferentes da varfarina, não funcionam para o tratamento da trombose venosa profunda provocada pela Síndrome Antifosfolipídica, deixando o paciente exposto a novos episódios mesmo durante o uso.
Sendo assim, torna-se importante o diagnóstico dessa condição, já que não apenas o uso do anticoagulante não deverá ser interrompido, mas agora, deve-se restringir a escolha do tipo utilizado.
Artigo de apoio: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30103045
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