A Fibromialgia é uma desordem de dor crônica disfuncional, o que significa que os sintomas são decorrentes de anormalidades no processamento e modulação química dos estímulos sensitivos em nível da medula e cérebro.
É enfermidade bastante freqüente, acometendo de 1 a 5% da população mundial. As mulheres são mais envolvidas que os homens, sendo que em alguns estudos o sexo feminino representa até 80% dos pacientes. Surge, mais frequentemente, entre os 30 e 55 anos de idade.
A causa não é completamente conhecida, sendo que uma interação de fatores genéticos e ambientais é aceita como necessária para que se desenvolva os distúrbios neurobioquímicos e afetivos que caracterizam a doença.
Embora alterações em eixos hormonais já tenham sido descritas, especialmente do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (eixo do cortisol) e do hormônio do crescimento, estas são funcionais, ou seja, não são causa da enfermidade e sim conseqüência, e estão relacionadas com a resposta crônica ao estresse próprio da fibromialgia.
A dor crônica difusa, abaixo e acima da cintura, de um lado e de outro do corpo, é a queixa principal. Os pacientes com fibromialgia têm sensibilidade ao toque e à compressão de diversos ponto do corpo.
Porém, vários outros sintomas são comumente apresentados pelo paciente. Sono não reparador, fadiga durante o dia e distúrbio de memória são os principais. É alta a associação com distúrbios do humor, como depressão, ansiedade.
O motivo para os homens serem mais poupados da fibromialgia não é conhecido, mas traz uma importante conseqüência na prática médica diária: homens com sintomas que lembram fibromialgia devem ser muito bem investigados para diagnósticos alternativos.
A “Andropausa”, o equivalente masculino da menopausa e mais adequadamente chamado de Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM), é condição importante a ser avaliada em pacientes masculinos com um diagnóstico possível de fibromialgia.
A DAEM está relacionada com o envelhecimento masculino, resultado de uma redução na produção da testosterona ou na sensibilidade de seus receptores, mas que já passa a ser relevante aos cinquenta anos de idade (veja mais aqui).
Infelizmente, a DAEM é bastante negligenciada na prática médica geral. A redução dos níveis de testosterona nos homens provoca uma série de sintomas com grande prejuízo na qualidade de vida, sendo que alguns são mais facilmente relacionados, como diminuição da libido, disfunção erétil, ganho de gordura e perda de massa muscular e óssea.
No entanto, há outros sintomas na DAEM, mais inespecíficos e comuns a diversas outras condições médicas, justamente pelos quais pode-se erroneamente fazer um diagnóstico de fibromialgia. São eles fadiga, falta de energia, “corpo indisposto e doloroso”, dificuldade de memória e mesmo humor deprimido.
O diagnóstico adequado de DAEM em paciente com sintomas que lembrem a fibromialgia é mandatório, já que a reposição criteriosa de testosterona reverte a sintomatologia.
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