Disfagia é o termo médico para dificuldade para engolir. Pode ser de origem orofaríngea (boca e garganta) ou esofágica.
Os mecanismos principais são obstrução mecânica (lesões que ocupam o lúmen do tubo digestivo) ou doença neuromuscular (distúrbios variados que afetam a função dos nervos e músculos).
A dificuldade para engolir originária da orofaringe costuma acontecer mesmo para líquidos, com engasgos, e sialorréia (“salivação que escorre da boca”). Quando proveniente de enfermidades do esôfago, ocorre especialmente para alimentos sólidos, e pode ser acompanhada de um variedade de outros sintomas, como sensação de plenitude gástrica (“estômago cheio”), dor atrás do peito e azia.
Enfermidades reumáticas autoimunes podem provocar disfagia no conjunto de seus sintomas. As duas de maior relevância, acarretam tal sintoma por produzir dano neuromuscular. São elas:
Enfermidade rara, inflamatória, autoimune, sendo o músculo estriado esquelético (“ músculo propriamente conhecido”) o tecido mais acometido. O resultado é fraqueza muscular, especialmente dos braços e coxas, mas também daqueles músculos da boca, garganta e parte superior do esôfago.
A disfagia ocorre em casos mais graves ou de mais longa duração, de modo que a dificuldade para subir escadas, pentear cabelos já se fazem presente e chamam atenção para o diagnóstico. A polimiosite também pode afetar articulações, pulmões e coração.
Enfermidade rara, de sintomas de evolução insidiosa, que pode afetar músculo liso presente na porção média e inferior do esôfago e provocar disfagia. Acomete precocemente o esfíncter esofágico inferior, porção muscular responsável por impedir o refluxo de ácido gástrico para o esôfago, no sentido de provocar incompetência de sua função. Dessa forma, é comum haver azia como sintoma inicial. Com a progessão da doença, o esôfago perde sua capacidade e efetividade de contração e cordenação de impulsionamento do bolo alimentar.
O sinal mais precoce dessa enfermidade é o fenômeno de Raynaud, que se trata do empalidecimento bem demarcado das extremidades de mãos e pés em baixas temperaturas. A marca registrada é o endurecimento da pele, chamada esclerodermia, porém esôfago, pulmões, rins e coração costumam também ser envolvidos. Há uma forma rara, chamada de Esclerose Sistêmica “sine escleroderma”, em que os órgãos internos são acometidos, poupando-se a pele.
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